segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Refugiados do clima serão 150 milhões em 2050

Da Folha de S.Paulo

O aquecimento da Terra pode provocar o deslocamento de 150 milhões de pessoas em meados do século 21. A conclusão é de um estudo apresentado durante uma conferência científica realizada no dia 2 de fevereiro de 2005, em Exeter (Reino Unido), destinada a debater a estabilização das mudanças climáticas.Um outro trabalho científico apresentado no encontro reúne pela primeira vez as informações disponíveis sobre o impacto que variados graus de aquecimento terão sobre os ecossistemas da Terra. Seu autor afirma que, para uma elevação de 3ºC na temperatura global em relação aos níveis pré-industriais, o gelo do Ártico e a Amazônia têm risco de perder 50% da sua área ou das suas populações animais e vegetais.Os "refugiados do clima" fogem da seca, que deve tornar estéreis diversas zonas de cultivo, e das inundações. Calcula-se que só a Índia terá 30 milhões de refugiados devido a enchentes, e que um sexto do território de Bangladesh pode sumir sob as águas ou ter seu solo arrasado.Segundo o pesquisador nigeriano Anthony Nyong, as temperaturas podem subir 2ºC, e as chuvas podem sofrer uma redução de 10% por volta de 2050 se a tendência atual de aquecimento continuar. Isso significaria secas mais graves que, de acordo com Nyong, poderiam levar à fome até 100 milhões de africanos.Escala da tragédiaEm sua apresentação ontem em Exeter, Bill Hare, ex-negociador-chefe do Greenpeace para a questão climática e pesquisador do Instituto de Pesquisa de Impactos Climáticos em Potsdam (Alemanha), compilou uma escala que mostra os impactos da mudança climática se multiplicando à medida que a temperatura global sobe, de 1ºC a 3ºC.Hoje o processo já se iniciou, com uma média global 0,7ºC acima da média no período pré-industrial (antes que a humanidade começasse a queimar grandes quantidades de combustíveis fósseis, como carvão mineral, que emitem dióxido de carbono, gás que aprisiona o calor irradiado pela Terra na atmosfera).Nos próximos 25 anos, quando as temperaturas se aproximam da marca de 1ºC a mais, alguns ecossistemas já começam a entrar em risco alto de perda de mais de metade da sua biodiversidade. Entre eles estão alguns "hotspots", locais com grande número de espécies endêmicas, como o Karoo das plantas suculentas, na África do Sul. Em alguns países do Terceiro Mundo, a produção de alimentos já começa a declinar.É quando as temperaturas chegam a 2ºC acima do nível pré-industrial, algo esperado para a metade do século, que os efeitos mais sérios começam a se fazer sentir, de acordo com vários estudos.Acima de 3ºC de aumento, o que poderá acontecer antes do fim do século, os efeitos seriam catastróficos. O gelo do Ártico desapareceria, e a escassez de água atingiria 3 bilhões de pessoas a mais do que hoje.

Com informações da France Presse e The Independent
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sábado, 11 de outubro de 2008

EUA vão retirar Coréia do Norte de lista de terrorismo - O Globo Online





Soa como uma piada para mim, o fato dos Estados Unidos “retirar” a Coréia do Norte da lista dos países terroristas. Um país que sempre tomou medidas arbitrárias e na sua grande maioria ofensivas não tem o direito de se achar o xerife do mundo.
E o Tratado de Eliminação de Armas Nucleares de Curto e Médio Alcance?
Atualmente temos no mundo cerca de 30 mil bombas atômicas, uma redução ínfima desde a assinatura do tratado na década de 80. As potências mundiais, são também as potências nucleares (EUA, Rússia, China, Reino Unido e França), e no entanto aumentam cada dia mais seus arsenais nucleares, sem se quer cogitar a destruição dos mesmos.
Desse modo declaro aqui minha indignação com essa farsa mundial, em prol de uma pseudo PAZ MUNDIAL. Paz mundial? Como as potências mundiais, que são as maiores contrabandistas de armamentos vão ficar?? Ora ora... Não seriam também essas potências grandes terroristas? Isso fica para um outro capítulo.

Influência de São Paulo chega a 3 mil quilômetros - Estadao.com.br

Influência de São Paulo chega a 3 mil quilômetros - Estadao.com.br

Metrópoles brasileiras

Estudo aponta que o país tem 12 metrópoles como principais centros urbanos

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje (10) uma pesquisa que traça uma radiografia da dinâmica das redes urbanas no país. Segundo o estudo Regiões de Influência das Cidades, 12 metrópoles são consideradas como principais centros urbanos, que estabelecem forte relacionamento entre si e têm extensa área de influência direta.
Embora a pesquisa indique que nos últimos 40 anos não houve uma alteração substancial na composição desse grupo, alguns centros emergiram no período, exercendo maior influência no cenário sócio-econômico nacional.
O coordenador da pesquisa, Cláudio Stenner, destacou que nas últimas décadas São Paulo, que concentra 28% da população brasileira e 40,5% do Produto Interno Bruto (PIB), se isolou na liderança do ranking como grande metrópole nacional, exercendo influência, principalmente no cenário empresarial, em todo o país. O estudo também aponta que o Rio de Janeiro, com 11,3% da população e 14% do PIB aparece isolado em segundo lugar.
"Existe uma inércia muito grande na manutenção dos grandes centros urbanos que estão no comando. São Paulo já era topo e se mantém no topo numa posição muito forte e destacada das demais metrópoles. Todas as outras onze metrópoles têm relações empresariais preferenciais com São Paulo e secundariamente, dez delas, com o Rio de Janeiro", explicou.
A pesquisa constatou ainda, entre as principais mudanças na estruturação das redes urbanas, a consolidação de Brasília como metrópole nacional, com peso político-administrativo e econômico, e o fortalecimento de Manaus, que estava inserido na área de Belém e passou a figurar como metrópole nacional.
Nas últimas quatro décadas, algumas capitais dos estados do Nordeste também ganharam força, como Teresina, Aracaju, Maceió, São Luis, João Pessoa, Natal e Fortaleza. Esta última passou até a figurar como metrópole nacional, ocupando o mesmo nível hierárquico que Recife.
Ainda assim, Cláudio Stenner destaca que na Região Nordeste, como na Norte, a oferta de bens e serviços, incluindo saúde, educação e acesso à internet é muito concentrada em poucos grandes centros. Para fazer compras, a população brasileira se desloca em média 49 quilômetros. Na rede de Manaus, essa distância chega a 218 quilômetros, enquanto na área do Rio de Janeiro, cai para 41 quilômetros.
"A rede de influência das cidades no Sudeste e no Sul é mais estruturada do que no Norte e no Nordeste, com grandes números de centros intermediários que ofertam serviços de saúde, educação e bens e serviços que funcionam como primeira opção da população dos pequenos centros. Já no Nordeste e no Norte essa oferta é muito mais concentrada e o papel das capitais nesses sentido é muito mais forte", afirmou.
Stenner destacou ainda que nos últimos 40 anos, em função do processo de urbanização, as regiões do norte do Mato Grosso, Rondônia e do leste do Pará estabeleceram uma rede estruturada, com crescente influência.
Além disso, a capital do Tocantins, Palmas, desde a sua criação, há 20 anos, passou a comandar a região do Tocantins e o norte de Goiás, que antes era vinculado a Goiânia.
Para Júnia Santa Rosa, representante do Ministério das Cidades, que participou do lançamento da pesquisa, os dados apresentados podem servir para orientar de maneira mais eficaz a distribuição dos recursos e dos investimentos espalhados pelo país.
"Em 40 anos vemos que houve um avanço muito grande, mas chama a atenção o fato de apenas 12 áreas serem consideradas metrópoles nacionais. Continuamos com uma concentração expressiva de população de bens e serviços e mais políticas devem ser feitas para possibilitar maior diversificação", afirmou.
Para realizar o estudo, o IBGE analisou dados de 4.625 municípios e registros administrativos do próprio instituto, além de órgãos estatais e empresas. As informações foram comparadas com estudos feitos pelo IBGE em 1972, 1987 e 2000.

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